12.8.10

Fanfic: A Mediadora- caixa de pérolas (cap.6)

Jesse chegou a nossa casa pontualmente no horário que meu padastro seguia a risca para o jantar. Assim que ele chegou deu um forte abraça na minha mãe e foi ajudar a mim e ao Andy a por a mesa, ele falava sobre a faculdade e como estava complicado o trabalho na sociedade, o papo de sempre. Eu o encarava sempre que podia, falando o mínimo durante a conversa, não queria papo furado, queria logo saber o que Jesse tanto queria conversar comigo mas ele nem olhava nos meus olhos, desviando o tempo todo.
O jantar foi a mesma coisa, meu namorado certinho brincava com meus meios- irmãos (eu realmente não entendia as piadas deles sobre esportes), ele agrada meu adorável padrasto elogiando a comida dele o tempo todo e entre isso tudo ainda conseguia discutir com a minha mãe sobre os assuntos locais as ultimas do prefeito e outros assuntos que eu achava cada vez mais chatos.
- Hoje a louça é da Suze- o Dunga soltou antes mesmo de engolir a ultima colherada de seu pudim de framboesa.
- Corta essa, eu lavei ontem, hoje é o seu dia.
- Você esqueceu irmãzinha que trocamos na quarta passada para você ir estudar? -droga, ele tinha me pego, nem lembrava dessa troca, mas o Jesse ainda poderia me ajudar a arrumar tudo, ele sempre me ajudava. Assim estaríamos sozinhos e ele não iria me enrolar mais a nossa conversa, ou pelo menos foi o que eu pensei, porque no exato instante e eu ia exigir a ajuda do meu namorado Mestre perguntou:
- Jesse você quer ver o meu projeto de ciências sobre anti-corpos e suas atuações no organismo? Gostaria da sua opinião sobre o tamanho do núcleo das células.
E é claro que ele foi, ele adorava conversar com o meu meio-irmão gênio sobre corpo humano e outras coisas científicas.
E então eu fiquei lá, sozinha na cozinha limpando todos os patos e a mesa enquanto todos da casa se divertiam. Quando estava lavando a ultima panela Jesse apareceu na porta da cozinha.
- Podemos conversar a sós no seu quarto quando você acabar isso ai? - ele foi realmente direto ao ponto, mas talvez não fosse o que eu esperava, sozinhos no quarto seria bem melhor.
- Claro, espere um segundo.- Passei rapidamente o pano por dentro da panela e a coloquei de qualquer jeito dentro do armário, não queria dar oportunidade pra ele sumir de novo com uma desculpa sei-la-do-que.

Quando chegamos no meu quarto Jesse se sentou no parapeito da janela, seu lugar habitual desde a primeira vez que o vi. Eu me senti um tanto desnorteada quando pensei nisso, a menos de 3 anos eu me assustada vendo o fantasma dele no meu quarto novo. Daria pra imaginar que um fantasma com abdomem definido seria meu namorado? O amor da minha vida pra falar a verdade, eu era louca por ele, e agora ele estava me deixando realmente tensa com aquilo tudo, estranho por dias, e agora enrrolando para conversar? Jesse sempre foi direto, ate mesmo no nosso primeiro encontro revidando logo a minha pergunta de "o que você faz aqui?"
-Suzannah, sente-se aqui do meu lado por favor.- ele disse olhando para a grande lua que tinha do lado de fora da minha janela. E claro eu sentei.- Você se lembra daquela senhora que encontramos la na Sociedade?
- Sim claro que me lembro, ela o procurou de novo? Por que você não me contou?
- Ela me procurou, foi a alguns dias atrás e ela me disse umas coisas...- Jesse então olhou nos meus olhos. Era tensão naquelas sobrancelhas arqueadas? Eu olhei mais fixamente pra ele, mantendo o seu olhar.
- Ela me falou Suzannah sobre o seu marido, e o amor deles, ela realmente precisa ajuda-lo, só assim ela ficará livre.
- Jesse, isso eu ja sabia, esqueceu que foi comigo que ela conversou?- eu realmente estava irritada com todo aquele papo.
-O marido dela, a vida toda dele, ela me contou, ele procura um parente, um dio avô dele que sumiu ainda adolescente, a avô sempre falava sobre o irmão, de como o amava e como estava triste, ele prometeu que iria procura-lo.
- Jesse, se for isso então teremos dois fantasmas, quantos anos esse senhor deve ter? Uns 80? A não ser que o tio dele seja centenário devemos procurar um parente, um filho ou até neto já.
- Sim é isso, um neto!- os olhos de Jesse se iluminaram de um modo que realmente não dava pra entender.
-Então era isso? Você queria me pedir ajuda? Por que não falou antes? Nos podemos procurar sobre ele, é claro, um neto, deve ser complicado, mas eu tenho métodos e o padre D...
-Suzannah eu já procurei um parente desse tio, Isabel ela me contou todo que sabia, essa semana nos pesquisamos la na sociedade e, bem, eu descobri algumas coisas sem ela que você não vai acreditar, nem eu acredito.- seu olhos voltaram para os meus.- Sou eu. Eu sou esse tio de Jesse Gonçalves, ele é neto da minha irmã mais nova.
-Jesse isso é maravilhoso! Amor você tem uma família!- Nunca ia esperar por isso, Jesse tinha uma família depois de tantos anos desaparecido no mundo dos mortos, isso era muito feliz, só que ele não parecia assim. Eu queria abraça-lo, beija-lo comemorar o momento mas só eu estava aproveitando aquele momento.
- Amor o que há?
-Eu não sei como contar, o que vou contar pra ela? Que ja fui um fantasma? Ela não vai acreditar Suzannah, vai pensar que somos oportunistas que... eu não sei mais o que.
- Jesse, ela é um fantasma, pra ela podemos contar. O resto, se você realmente contar nos podemos criar uma história.
- Eu não sei mentir Suzannah, eu não quero mentir!
- Por favor! Nos mentimos o tempo todo para os meus pais sobre o que você verdadeiramente é, e não seria uma mentira, seria uma distorção. Esse neto ou bisneto, o que é mais provável, pode ser você mesmo.
- Eu não sei hermosa, realmente não sei o que fazer...
Jesse se encolheu ate o meu ombro repousando seu corpo, ele parecia precisar de carinho, de apoio. Abraçando ele com toda a força que podia acariciei seus grossos cabelos sentindo a tensão dos seus músculos. E ficamos assim por um longo tempo.

3 comentários:

  1. Nossa me pegou de surpresa esse cap.
    Mais to amando ,mais ainda. Ainda nao to acrediandooo!
    ta muito booooom!!

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  2. Nossa amei ,ta perfeito!!!

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