9.7.11

FIC - CAP. 3

Capitulo 3

E todo mundo achou que o Jesse iria adorar visitar Paul. Não é só porque Jesse deu um pequeno aceno de cabeça para Paul no dia da formatura que ele começou a gostar dele.
No começo, Jesse resistiu e falou que não queria, pois ele era um garoto rude e que nós não precisávamos dele. Mas depois que eu falei que eu iria com ou sem ele, Jesse resolveu mudar de idéia. Ah, o incrível poder do ciúme.

No sábado de manhã, Jesse pegou o carro do Padre D. e fomos até o casarão do Paul.
Quando Paul nos viu ao abrir a porta, ele deu um grande sorriso ao me cumprimentar e fechou a cara ao ver o Jesse, apertando firmemente a sua mão. Jesse não pareceu feliz.
- Suze! Quanto tempo, como vai à escola? Fiquei sabendo que você está trabalhando lá. – Paul começou a falar, quando entramos em sua mansão.
- Não viemos para conversa – disse Jesse. – Queremos explicações.
Paul levantou uma sobrancelha.
- Quais explicações?
- Bom... Você se lembra de quando a gente voltou no tempo, certo? – eu comecei.
- Certo.
- Daí, você se lembra do Felix, do Sr. e Sra. O’Neil também, né?
- Felix era o que queria matar o Jesse, aquele que você exorcizou junto com a ex-namorada de Jesse?
- Maria da Silva – o corrigi, ela NÃO era nada que envolvesse o nome do Jesse. – E o Felix é esse daí mesmo, mas... você concorda que quando uma pessoa é exorcizada, ela não pode voltar, certo?
- Suze, o que aconteceu? – perguntou Paul, confuso.
- O problema é que o fantasma de Felix apareceu junto com o Sr. e a Sra. O’Neil. E nós não sabemos como Felix voltou, sendo que nós o exorcizamos e não sabemos o que ele colocou na cabeça dos O’Neils, já que eles estão achando que nós o matamos no incêndio. E nada coloca na cabeça deles que é culpa do Felix, não nossa. Eles acham que eu sou uma BRUXA!
Paul arregalou os olhos.
- Bruxa? Sério mesmo? – Paul reprimiu um riso. – Não fique assim Suze, era comum acreditarem nesses tipos de coisas, naquela época.
- O assunto é sério. Se você não sabe de nada que possa nos ajudar, nós iremos embora – disse Jesse, sério, bem sério. Talvez um pouco bravo.
Ele ficou com uma aparência pensativa e colocou as mãos dentro do bolso de sua bermuda importada.
- Alguém pode ter resgatado ele do mundo dos espíritos – disse Paul.
- Quem, em sã consciência, faria uma retardadice desse tamanho? – eu falei, jogando as mãos para o alto.
- Não é somente um humano que pode tirá-lo de lá? – perguntou Jesse.
- Sim – Paul respondeu, secamente.
- Quem faria isso? Não tem ninguém que faria isso – eu interrompi a troca amistosa de olhares entre Jesse e Paul – Ninguém conhece Felix, ao ponto de trazê-lo de volta.
Jesse ficou pensativo por um momento, junto com Paul. Os dois pareciam estar partindo o cérebro em dois para tentar resolver esse enigma.
Loucura. É esse o nome mais adequado para tudo que está acontecendo.
- Suzannah, vamos embora. Ficar aqui não vai resolver nada – Jesse disse, pegando na minha mão.
- Se você descobrir alguma coisa me liga – eu falei, sendo arrastada em direção a porta por Jesse.
- Eu vou falar com meu avô mais tarde e com certeza eu te ligarei – Paul deu um sorriso e jogou um olhar cheio de cinismo para Jesse.
Jesse deu um suspiro longo e pesado, como se fosse para se acalmar e bateu a porta ao sairmos.
Quando entramos no carro, Jesse pareceu mais calmo.
- O que será que está acontecendo, está tudo tão bagunçado – eu suspirei.
- Nós iremos descobrir e tudo vai acabar bem, como sempre acabou – Jesse afagou as minhas mãos, sorrindo.
Eu sorri de volta e encostei a minha cabeça em seu ombro.
- Com fome? – ele perguntou.
- Preciso de doce – eu falei.
Jesse riu e beijou minha testa.
- Hoje iremos almoçar na minha casa.
- Mas eu não avisei o Andy!
- Eu falei com ele na hora que você estava se arrumando, ele deixou – Jesse levantou uma sobrancelha e me olhou de cima a baixo – E realmente Suzannah, não sei por que demorou tanto para se arrumar para vir à casa do Paul Slater. E ainda por cima com esse short.
Eu não estava vestida inadequadamente e eu não demorei para me arrumar. Eu estava com um short jeans no meio da coxa, com um all star e com uma regata da Everlast. Eu estava vestida para um dia comum de calor na Califórnia.
- O quê? Não tem nada demais – eu revirei os olhos e depois fiz cara de desapontada. – Eu estou feia?
- Não, mi hermosa, não foi isso que eu quis...
- Eu me arrumei para você, Jesse – eu cruzei os braços, fingindo ressentimento.
Jesse passou a mão na minha coxa, deixando ali um pequeno rastro de arrepio.
- Você está linda... só não confio no que ele pensa – ele falou, apontando o queixo para a casa de Paul.
Ri e Jesse deu partida no carro.

Na casa dele, pedimos uma pizza de pepperoni, tomamos Diet Coke e comemos chocolate.
Depois do almoço, nós dois ficamos deitados em cima do pequeno tapete no centro da sala de seu apartamento e ficamos conversando, os dois de barriga cheia. Mas eu ainda comia chocolate, pois a gula falava mais alto.
Foi ai que começou a ficar quente. E quando eu digo quente, eu digo em dois sentidos: quente de calor e quente de – como diria o Jesse – caliente.
- Ah, que calor! – eu resmunguei. No apartamento de Jesse não tinha ventilador, não tinha ar condicionado e nem janela tinha direito. Somente uma pequena janela quadrada que era do tamanho de um monitor 15 polegadas. E sem falar que o apartamento dele era bem abafado. Não me impressiona que Jesse fica mais tempo fora do que dentro desse lugar que mais parece uma sauna.
- Eu preciso de um ventilador – Jesse falou.
- Jura?
Jesse me olhou com uma cara de “Suzannah, não seja irônica com os outros” e se levantou.
- Eu vou trocar de blusa e nós vamos sair daqui – disse Jesse, que estava com uma blusa preta de mangas.
- Tudo bem – eu sorri para ele e me esparramei no tapete.
Depois de 5 segundos, eu me levantei e fui até o banheiro, jogar um pouco de água no meu rosto, já que parecia que o meu rosto estava derretendo.
Não deixei de perceber que, antes de chegar ao banheiro, a porta do quarto de Jesse estava semi aberta e, como eu sou investigativa – não curiosa – eu dei uma olhadinha.
Não sei se eu deveria ter feito isso.
Já percebi o quanto Jesse era musculoso, já senti os seus músculos, mas não assim, na íntegra.
Ele estava sem camisa, agachado no armário, procurando uma camiseta, provavelmente.
Senti o meu rosto ficar vermelho e talvez uma baba tenha escorrido, mas não liguei. Ele era um deus esculpido, com todos os mínimos detalhes.
E era o meu namorado. Mero detalhe.
- Suzannah?
Eu arregalei os olhos quando percebi que Jesse estava olhando para mim, babando na porta. Eu não tinha percebido, estava ocupada pensando no que ele fazia antigamente para conseguir ficar com um corpo daquele.
- Eu... é... estou te esperando – falei rápido demais, nervosa demais.
- Não tenha pressa, mi hermosa – ele voltou o olhar para a gaveta, parecendo não perceber o meu embaraço.
Eu entrei devagarzinho no quarto e sentei na pequena cama de solteiro que estava ao lado dele.
Ele sentou do meu lado, ainda sem camisa e passou a mão na testa, limpando uma gota de suor. Não que eu goste de suor, nem um pouco, mas o que ele fez acabou sendo... sexy.
- Eu realmente preciso de um ventilador – falou Jesse.
- Bem vindo à Califórnia dos vivos, meu caro! - falei.
Jesse e riu e ficou quieto por um momento, me olhando. Mas me olhando de um jeito diferente... talvez com um certo ardor no olhar.
De repente, mais rápido do que se você falar que corpo!, eu agarrei Jesse e o beijei, sentindo todos os músculos dele contra o meu corpo.
Jesse não fez questão nem de perguntar o que estava acontecendo e devolveu o beijo na mesma intensidade, talvez até com mais.
Eu podia sentir perfeitamente o quanto Jesse me desejava naquele momento. Nada poderia nos impedir hoje. E daí que agora nós estávamos suando loucamente? O suor era um detalhe secundário. Nada era maior que o nosso calor.
- Estou interrompendo? – disse uma voz. Uma voz ligeiramente familiar, mas que iria entrar para o mundo dos espíritos por ter interrompido esse momento.
Ou poderia voltar para o mundo dos espíritos.
Senti Jesse se enrijecer e em alguns segundos, Jesse se levantou e se colocou em minha frente rapidamente, para me proteger.
- Deixa eu dar um soco nele, Jesse. Só um soco – eu falei cerrando os dentes de raiva.
Felix estava de braços cruzados, com um ar bem calmo e parecia estar orgulhoso de ter me deixado com raiva.
- Como você chegou aqui, Felix Diego? – perguntou Jesse. – Quem o trouxe de volta?
- De volta? – Felix levantou as sobrancelhas, parecendo surpreso – Eu não estou de volta de nenhum lugar. Eu sempre estive aqui, somente planejando um dia bom para te levar para onde você deveria estar: do mesmo lado que eu.
Eu olhei para Jesse confusa e me levantei da cama.
- O que você falou para a Sra. e o Sr. O’Neil, hein, seu idiota? O que você fez para eles voltarem para cá? – eu falei com um tom de voz acima do normal.
- Rá – ele jogou a cabeça para trás e riu – Eu não preciso deles para a minha vingança. Eles apareceram de repente, perguntando do Hector aí – ele apontou o queixo para Jesse – Só refresquei a memória deles um pouco, talvez com algumas mudanças, mas quem liga, não é?
- Não foi a gente que colocou fogo no celeiro! Foi culpa sua! – eu falei, exasperada. Jesse colocou a mão em meu braço, quando percebeu que eu estava começando a avançar na direção de Felix. – Jesse! Não me segura. Ele merece ficar com pelo menos um nariz quebrado! Pelo menos!
- Suzannah... – Jesse olhou para mim, com um olhar de “por favor, fique quieta e onde está.” - Vá embora, Diego. Você não vai conseguir fazer nada contra nós. Temos companheiros, coisa que você não tem.
- Ah, eu sei disso Hector – ele ficou sério e desapareceu.
- O que ele quis dizer com isso? – eu perguntei, ainda com raiva.
Jesse não me respondeu. Colocou uma regata branca e saiu para atender ao telefone, que estava tocando pela segunda vez.
- Alô?
Jesse fechou a cara e segurou o telefone firmemente, como se estivesse se segurando para não desligar.
- Sem blefes? – Jesse disse no telefone. – Daqui a pouco iremos te visitar novamente.
Novamente?
Ah... tá.
Jesse desligou o telefone e ele não precisou falar nada para eu descobrir quem era do outro lado da linha.
- O que Paul queria? – perguntei.
- Vamos à casa dele – ele disse, pegando as chaves do carro do Padre D. – Ele disse que tem novidades.

6 comentários:

  1. uiaa amei o terceiro capitulo.. e gente vamo comentar né nem que seja como anonimo pq a motivação de cada dia do blogueiro é o elogio...^^ tão de parabens

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  2. Oii

    adorei seu blog

    lindo flor

    tô seguindo

    segue de volta???
    http://irreplaceablepri.blogspot.com/
    Bjo

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  3. valeeeu friends :D eh isso ai

    carol aqui.

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  4. Olá... eu gostaria de fazer uma parceria com vcs... tenho um blog dedicado à serie Beautiful Creatures, e queria saber se vocês aceitam...
    Espero pela respota ;]

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  5. maravilhosamente perfct...pensei que isso nunca poderia acontecer!!!*-*

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