27.7.11

Fic Sem Nome da Fer, cap 4

Capitulo 4

Fomos à casa de Paul novamente, esperando respostas dessa vez.
Quando entramos em sua casa, Paul disse para nós esperar, pois ele ia ver se o avô dele estava acordado para contar melhor o que ele descobriu.
Eu e Jesse ficamos sentados no mesmo sofá onde Paul e Kelly haviam se pegado. Eca.
Jesse estava tenso, olhando para todos os detalhes da casa e ficou em alerta quando ouviu um barulho de alguma coisa quebrar.
- Paaaaaul! – gritou uma voz feminina. – Eu espero que você não ligue que um prato de porcelana tenha quebrado... nem era tão bonito assim e... – a voz da garota parou no ar, quando ela chegou à sala e nos viu.
- Olá Jesse! – disse Rachel com certo tom sensual na voz. – O que faz aqui? – ela perguntou surpresa.
- O que você faz aqui? – eu perguntei para a vaca que não parava de olhar para o meu namorado. Mal amada.
- Se conhecessem? – perguntou Paul, quando ele voltou para sala. – E o que foi o barulho de algo se quebrando?
- Ah Paul... – começou Rachel.
- A sua amiga quebrou um prato de porcelana que era feio, não é mesmo, Rach? – eu falei, chamando-a por Rach, pois eu sabia que ela odiava apelidos.
- Prato de porcelana? – Paul olhou para ela, com um olhar furioso. – Eram os pratos de porcelana da minha avó! Rachel, sua idiota! – Paul parou por um segundo e riu – Pelo menos não vai ser eu que vou ser mandado para fora de casa. O velho vai ficar furioso.
- Aquele velho nem anda – Rachel falou e olhou para mim, com um olhar fulminante. – E você! Nunca mais me chame de Rach!
- Ah, Rach, por quê? – eu pisquei os olhos e dei um sorriso.
- Paul, o que você queria falar? – interrompeu Jesse.
- Bom, eu fiz algumas perguntas para o meu avô sobre a situação de vocês e ele me deu algumas respostas bem esclarecedoras. Só não o trouxe agora porque ele está assistindo a aquele programa estúpido.
- Fala logo – Jesse falou, apressando-o. Paul não ficou com uma cara tão simpática depois disso.
- Felix pode ter aparecido por causa da nossa viagem ao passado, Suze – começou Paul – Lembra que eu te falei que se por acaso, se nós salvássemos Jesse de Felix, ele não estaria aqui e talvez, você nem se lembraria dele?
- Então quer dizer que... – eu comecei a falar, mas fui interrompida por Paul.
- Felix, provavelmente deve ter morrido – junto com o Sr. e a Sra. O’Neil – no próprio incêndio que ele causou. Assim, Felix mudou o seu próprio futuro. Então, ele nem foi exorcizado e nem se casou com Maria da Silva. Pelo menos para ele.
- Realmente, faz bastante sentido – disse Jesse. – Isso resolve uma das nossas questões. Agora tem a outra.
- Por que o Sr. e a Sra. O’Neil estão aqui? – eu completei.
- Felix deve ter os invocado, os fez pensarem que a culpa da morte deles foi culpa de vocês e está usando-os para fazer uma vingança mais... completa – arriscou Paul.
Jesse ficou pensativo, avaliando a hipótese que Paul acabara de falar.
- Não pode ser isso – eu falei.
Jesse e Paul me olharam com dúvidas no olhar.
- Não pode ter sido Felix. Jesse, lembra que Felix apareceu hoje na sua casa e falou que eles apareceram “de repente” e que ele nem precisava deles?
- Isso é verdade – confirmou Jesse.
- Então quem teria feito? –perguntou Paul.
- Boa pergunta – eu olhei para baixo e vi uma sapatilha cor de rosa e olhei para cima. Rachel ainda estava na sala. Ela havia ouvido tudo – Paul... Ela...
- Ah, não ligue para ela, Suze. Ela é como nós. Uma deslocadora.
Eu olhei para ela, pasma, e ela deu um sorriso para Jesse.
Mais uma para o clube. Só não espere que eu tome chá com ela todos os dias.
- Você também é, Jesse? – perguntou Rachel. – Somos iguais então. Que legal!
- É, Rach, cuidado. Por algum tipo de acidente, eu poderia te estrangular ou coisa parecida – eu a ameacei.
- Não me chame de Rach!
- Vamos indo, Jesse – eu peguei em sua mão e lhe dei um beijo. Percebi o quanto Rachel e Paul ficaram tensos na sala. Nem liguei – Obrigada Paul, isso ajudou bastante. Eu realmente não acreditei que você poderia nos ajudar. Fiquei surpresa.
- Disponha Suze – Paul sorriu e piscou para mim.
Jesse se colocou em minha frente, mas o puxei rapidamente.
- Vamos Jesse. Tchau Paul, Tchau Rach! – eu sorri enquanto Rachel gemia de raiva. – Escolha melhor as suas amizades Paul.
- Ah, Rachel não é minha amiga. Ela é minha prima.
- Agora eu entendo. É de família – eu falei. Os dois são descarados e insuportáveis. A diferença é que Paul consegue ser legal às vezes.
E eu acabei de descobrir que as Open Boots da Rachel não era de camelôs. Não se ela fosse realmente prima de Paul.

Na segunda de manhã, Jesse e eu fomos à escola – como de costume- e procuramos o Padre D. para lhe contar as novidades.
Chegamos à sala dele e o Padre D. parecia meio... perturbado. Ele levou um susto quando nós entramos em sua sala – eu sei que nós não batemos, mas ele nunca levou susto nenhum – e depois ficou me olhando com os olhos esbugalhados. Ele parecia nervoso. E era por minha causa.
- Padre D., tudo bem com você? – Jesse perguntou.
- Claro Jesse – respondeu rapidamente.
- Certeza? – eu complementei. Ele não parecia nada bem.
- Claro... é... Sam... Susan...
Padre D. havia esquecido o meu nome?
- Suzannah, Padre D., como na canção “Oh Suzannah, não chores por mim”. Sabe, esquecer o meu nome é um sinal claro de que a idade está te atingindo. Infelizmente, é isso meu querido Padre.
- Haha – o Padre deu uma risada muito, mas muito sem graça – Deve ser isso mesmo, Suzannah. Então, por que vieram aqui?
Nós explicamos tudo ao Padre. Desde quando Felix e os O’Neil apareceram aqui, até a conclusão que chegamos, junto com Paul.
Padre D. nos olhou, incrédulo com o que nós havíamos falado e começou a falar enrolado:
- Mudado... futuro? Como assim, Felix mudou o seu futuro?
- Padre, nós já te explicamos... lembra, quando eu viajei no tempo?
- Como?! Isso é impo... – ele parou de falar e olhou para a minha cara, que deveria estar uma mistura de “Você está louco?” com “Seu velho gagá!” – Lembro, claro que lembro.
- E o que nós fazemos Padre Dominic? – perguntou Jesse.
- Bem... Susan, volte ao trabalho. Eu quero conversar com Jesse.
- Suzannah! – eu o corrigi, de novo.
Eu saí da sala do Padre D. e fechei a porta. Ouvi o barulho da chave rodando e trancando a porta.
O que o Padre D. falaria de tão sério para Jesse? Tão sério ou... secreto que eu não poderia ouvir?
Eu encostei o meu ouvido na porta e ouvi somente alguns ruídos, nada audível.
- É feio escutar a conversa dos outros – disse alguém.
Eu olhei para trás e vi Paul, com o seu típico traje a la tenista.
- Não estou escutando ninguém.
- Ah, não? É um novo hobbie ficar com a orelha colada na porta?
- Cala a boca, Paul! O que você está fazendo aqui?
- Vim lhe fazer uma visita, Suze. E eu a encontrei em um ótimo momento: sozinha – disse Paul, dando um sorriso sedutor.
- Poupe-me dessa sua conversinha mole, Paul Slater.
- Vim trazer Rachel e aproveitei para dizer “oi”.
- Você não estuda? – eu perguntei, ainda com a orelha na porta.
- E você, estuda?
- Eu trabalho, coisa que você não faz.
- Não seja assim, Suze. Será que nós não poderíamos conversar uma vez se nos provocar?
- Peraí Paul, me dê um segundo para pensar. Não.
Paul riu e passou a mão no meu cabelo.
- Tira a mão do meu cabelo. Dá frizz, sabia?
- Por isso que eu gosto de você, Suze.
Revirei os olhos e comecei a prestar atenção novamente na conversa.
Ouvi barulho de uma cadeira e de livros caindo no chão.
- Você ouviu isso, Paul? – eu perguntei, desconfiada.
- Não sou eu que estou com a orelha grudada na porta, mas ouvi alguma coisa.
- Derruba a porta.
- Por que eu iria fazer uma coisa dessas?
- Frouxo!
Paul ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços.
- Não vejo motivo par fazer isso. Se quiser fazer isso, faça você mesmo.
- Frouxo! – falei novamente e me afastei da porta, tomando impulso.
Eu me joguei uma, duas, três vezes na porta e nada.
Só ganhei uma bela dor no braço.
- Saia da frente, Suze – Paul disse e tomei distância.
Com um chute, Paul conseguiu fazer um buraco na porta e olhou.
- O que isso?! – eu gritei, quando eu olhei pelo buraco na porta.
O Padre D. estava com uma faca na mão enquanto Jesse se desviava dos golpes dele.
- Abre essa porta Paul!
Paul passou a mão pelo buraco da porta e girou a chave.
Nós entramos e Paul foi por trás do Padre D. e o segurou, enquanto eu ia ao lado de Jesse.
- Jesse, você está bem? – eu perguntei, segurando o seu braço esquerdo, que estava com um corte bem fundo.
- Fique quieto! – Paul gritou para o Padre, que estava se debatendo.
- Padre Dominic! O senhor está louco? – eu gritei e olhei para Jesse. – O que aconteceu?
- Ele... ele... não é... – Jesse se engasgou – Felix...
- O quê?! – eu e Paul falamos juntos.
Padre D. parou de se debater e Paul o soltou.
O Padre estava com uma aparência pasma. Ele olhou para o corte de Jesse e olhou para a pequena faca em sua mão, largando-a imediatamente no chão.
- Jesse... eu... não queria... Suzannah, não pense que... – Padre D. começou a falar, mas começou a se contorcer e percebi, que de repente, o olhar do Padre mudou. Era um olhar com raiva
- Não vai ficar assim – o Padre disse e saiu da sala.
Paul, Jesse e eu ficamos pasmos, olhando para a porta.
- O. Que. Aconteceu? – eu perguntei, quase sem voz.
- Felix Diego. Ele está no corpo do Padre Dominic – disse Jesse, arfando.
- Mas para um espírito tomar conta de um corpo, o Padre D. deveria estar... – Paul parou de falar, deixando as palavras no ar.
- O Padre D. morreu? – eu falei, já sentindo as lágrimas se empoçarem em meus olhos.
- Não acho que o Padre Dominic morreu, Suzannah – disse Jesse, passando a mão em minha bochecha. - Você não viu que, na hora que vocês entraram, ele percebeu o que tinha feito e tentou falar alguma coisa? O Padre ainda está no corpo.
- Isso é impossível... ele deveria estar morto. Um corpo não iria suportar duas almas – disse Paul.
- Talvez para uma pessoa normal. Não para um mediador – disse Jesse.

5 comentários:

  1. Eu AMEI Fer! Ficou muito legal.
    Beijos Cah'

    ResponderExcluir
  2. ameiii a fic heheh , momento filme o ritual no final hein, continue escrevendo fer vc escreve muito bem. beijossss

    ResponderExcluir
  3. Tô adorando a fic! Continue assim que puder, please.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  4. Gentemm como assim possuído....ahhh roendo os dedos para o próximo capitulo ....

    ResponderExcluir
  5. verdade,parece o filme o ritual, mas eu juro que foi sem querer KKKK meu, eu viajei muito na fic rs

    ResponderExcluir