7.8.11

Despedida das férias (pra alguns) Cap 5 - Fic Ainda Sem Nome (qual éeh D. Fer ?!)

Saudades. Beijos.


Capitulo 5

Vou te dizer que não foi fácil explicar a bagunça na sala do diretor.
- MAS O QUE É ISSO?! – gritava irmã Ernestine. – O que aconteceu aqui?
- Irmã... – começou Jesse.
- Começou assim... – eu interrompi Jesse e comecei a falar, ainda planejando uma história – Padre Dominic chamou Jesse para ajudá-lo em algumas coisas em sua sala e eu saí para tomar água, foi quando eu encontrei o Paul Slater aqui e...
- O que o senhor está fazendo aqui na escola? – perguntou a Irmã, me interrompendo.
- Vim trazer a minha prima Rachel e resolvi dar um oi – explicou Paul.
- E como eu ia dizendo, Irmã... – eu continuei a falar, lançando um olhar de “Não me interrompa” para a Irmã Ernestine – Quando eu estava voltando para a sala do Padre Dominic, eu girei a maçaneta só que estava trancada. Eu achei estranho e comecei a ouvir atrás da porta, para ver se algo acontecia. Quando eu ouvi um barulho de cadeiras voando, Paul deu um chute na porta e conseguiu abri-la.
“Um homem, com uma meia na cabeça, estava ameaçando o Padre Dominic e o Jesse. Ele estava tentando matá-los! Foi ai que, Jesse, todo corajoso, resolveu defender o Padre e acabou levando um corte fundo no braço. Quando eu vi aquilo, eu fiquei horrorizada, lógico. Daí eu saí correndo para socorrer Jesse e Paul agarrou o cara por trás, fazendo-o largar a faca. Mas, como Paul é meio frouxo, deixou-o fugir.”
- Frouxo? – Paul repetiu a palavra com incredulidade.
- Frouxíssimo – eu acrescentei.
- Oh Senhor! E cadê o Padre Dominic? – perguntou a Irmã Ernestine.
- Ele... foi... dar queixa na policia e falou que não iria voltar hoje para escola – eu inventei.
- Graças a Deus ninguém se machucou gravemente! – Irmã Ernestine colocou a mão entre os seus enormes peitos e virou-se para Jesse – E você, meu querido, venha aqui, eu vou lhe fazer um curativo.

Eu olhava preocupada enquanto a Irmã Ernestine fazia os curativos em Jesse. Ela passava centenas de remédios no corte no braço esquerdo dele e parecia doer muito. Ele apertava a beirada da cama na qual ele estava sentado quando a Irmã passava um remédio por dentro do seu corte.
Quando a Irmã saiu da sala, deixando eu e Jesse sozinhos, eu apertei a mão dele levemente.
- Tá doendo muito?
- Ardendo um pouco, mas eu sei que a Irmã fez um ótimo trabalho.
- Ah, espero realmente que ela tenha feito um ótimo trabalho, pois parecia arder bastante e... – eu parei de falar quando ouvi uma batida na porta.
- Posso entrar? – disse uma voz familiar. Infelizmente familiar.
- Não! – eu falei.
- Ora, não seja desagradável – disse Rachel, entrando na sala.
- As minhas atitudes são o reflexo das suas, minha cara.
- Oh, Jesse! – gemeu Rachel enquanto chegava mais perto da cama onde Jesse estava sentado.
- Pode deixar, Rach, ele não precisa de você – eu falei, sentado ao lado dele.
- Tá tudo bem com você? – ela perguntou, sentando no outro canto da cama me ignorando.
- Claaaaro, ele parece ótimo com esse corte enorme no braço dele – eu falei, já sem paciência.
- Você já está me irritando, garota – disse Rachel, me lançando um olhar frio.
Eu sorri, satisfeita.
- Que bom Rach. Vejo que a minha missão está se completando – eu sorri mais ainda enquanto ela ficava mais irritada.
- Garotas, parem com isso – disse Paul, entrando na sala – Como está Jesse?
- Melhorando – Jesse respondeu, depois de um tempo calado.
- E o que foi aquilo na sala do Padre hein – Paul disse soltando um assovio.
- É verdade aquilo que você me falou, Paul? O fantasma tomou conta do corpo do Padre Dom? – Rachel falou.
- O que ela tem a ver com isso, Paul? - eu perguntei, irritada – Ela não precisa saber de nada do que aconteceu. Ela não deveria nem estar aqui.
Ela me olhou com um olhar estranho e Paul me respondeu.
- Ela á uma de nós, ela tem o direito de saber o que se passa, por mais que ela não esteja envolvida nesse assunto, Suze.
- Ela já está envolvida, se você não percebeu Paul – disse Jesse.
- Terminaram de falar sobre mim? Eu não vou mais me meter nos assuntos de vocês – disse Rachel.
- Uma coisa inteligente que saiu de sua boca, camarada – eu disse, olhando despreocupada para as minhas unhas.
- Olha o jeito que você fala comigo, sua...
- Rachel, vá para a sua sala – disse Paul, interrompendo o resto de sua frase, para o bem de todos.
Rachel olhou para Paul com um olhar matador e saiu, batendo os pés.
Irmã Ernestine entrou logo que Rachel saiu, olhando para ela com uma cara de confusão.
- O que aconteceu para a senhorita ali estar tão brava? Aconteceu alguma coisa, jovens? –perguntou Irmã Ernestine.
- Nada, ela que é meio histérica – respondi.
- Bom... – Irmã Ernestine pareceu digerir as minhas palavras e voltou a falar – Jesse vai ficar repousando aqui por tempo e não irá trabalhar hoje.
- Que bom, então eu posso...
- Eu disse Jesse, não você, senhorita Suzannah – disse a Irmã, me interrompendo. Ela adorava fazer isso comigo – Volte para o seu trabalho, enquanto Jesse repousa. No final do dia ele estará bem melhor.
- Não preciso de repouso, Irmã, já me sinto bem melhor – disse Jesse, se levantando da cama.
- Não, não, não, queridinho – Irmã Ernestine correu para empurrar cuidadosamente Jesse para a cama novamente.
- Mas foi somente um corte Irmã, não se incomode comigo – Jesse sorriu.
- Ok, Jesse – ela cedeu depois de seu belo sorriso – Só não carregue peso demais, pode abrir mais o corte. Se isso acontecer... teremos que dar alguns pontos.
- Sem problemas, Irmã. Muito obrigado.

Depois de alguns serviços na escola – todo o trabalho pesado sobrou para mim, claro -, finalmente chegou a hora de ir para casa. Era o que eu mais precisava. Não agüentava mais ficar na escola, não depois do que aconteceu.
Fomos ao estacionamento para pegar o carro do Padre, mas ele não estava lá.
- Incrível! Além de pegar o corpo do Padre “emprestado”, pega o carro! – eu resmunguei – Vou ligar para o Soneca... deve ter alguma cabine telefônica por aqui.
- Vamos andando hermosa, não precisa incomodar o seu irmão. Eu te deixo na sua casa e depois vou para a minha.
- Andando para a sua casa? Mas é longe, Jesse.
- Gosto de andar – Jesse entrelaçou os seus dedos nos meus e me guiou para fora da escola.
Quase o caminho inteiro, Jesse ficou quieto. Ele parecia cansado e preocupado. Admito que eu também estava assim, só que eu estava conseguindo disfarçar melhor.

Quase chegando em casa, eu resolvi quebrar aquele silêncio chato.
- Jesse.
- Sim?
- E o seu braço?
Ele levantou o braço com uma faixa e o balançou.
- Me sinto bem melhor – ele sorriu.
E silêncio de novo.
Quando chegamos à minha casa, eu o convidei para entrar e jantar com a gente, só que ele recusou. Ele falou que estava cansado e que queria ir para o seu apartamento.
- Bom, se você prefere assim...
- Eu só não estou me sentindo bem. Sinto-me realmente cansado.
- Jesse... eu acredito em você. Mas tem mais alguma coisa ai. Por que não conta pra mim? – eu peguei na mão dele e o puxei para mais perto de mim.
- É por minha causa tudo o que aconteceu hoje, Suzannah.
- Claro que não é! Por que você tá falando isso?
- É por minha causa que o Felix Diego está no corpo do Padre Dominic. É por minha causa que Felix está aqui, tentando estragar tudo.
Senti um bolo se formar na minha garganta e a verdade caindo sobre mim.
Se alguém fosse culpado por isso, não era ele.
Era minha a culpa.
Foi por minha causa que o Felix voltou. Fui eu que quis voltar para o passado para tentar salvar Jesse. Eu pensei que eu tinha feito o certo, mas no final acabou tudo sendo um desastre.
- Suzannah? Por que você está chorando? –perguntou Jesse, limpando as malditas lágrimas que escorriam sem eu perceber.
- Eu... eu... foi minha culpa... ah, não importa – eu cerrei os meus punhos e olhei para ele. – Não importa de quem é a culpa. Nós vamos sair dessa. Juntos.
Jesse me abraçou e depois me deu um beijo na testa.
- Claro que vamos. Mas não pense que a culpa é sua. Eu sei muito bem no que você está pensando – ele sorriu e tirou uma mecha do meu cabelo que estava no meu olho e colocou atrás da minha orelha – Foi graças a você que eu finalmente pude ficar aqui, não só de alma, mas de carne e osso também. Foi por você que eu consegui ficar aonde eu queria. Ao seu lado.
Eu consegui dar um projeto de sorriso e o beijei suavemente na boca.
- Obrigada - sussurrei, ainda coma boca na dele.
- Eu que te agradeço mi hermosa. Eu te amo – ele sussurrou de volta.
- Eu te amo.
Depois disso, Jesse entrou um pouco em casa, cumprimentou Andy e a minha mãe, mas logo foi embora. Ele realmente estava exausto.
Eu esperei na porta, vendo Jesse ir embora. Tão elegante, tão lindo, tão...
Eu vi uma pessoa correndo na rua, indo em direção ao Jesse. Não consegui ver quem era aquela pessoa, pois estava escuro e ela usava preto. Ela estava com alguma coisa nas mãos.
Uma faca. Uma faca bem grande.
- JESSE! – eu gritei o mais alto que pude, mas não adiantou.
Quando Jesse se virou para ver o porque de eu estar gritando, aquela pessoa pulou em cima dele.
Um poste de luz estava os iluminando e eu pude ver quem era. Era o Padre Dominic. Quero dizer, o Felix.
Eu corri até onde eles estavam, gritando, mas a única coisa eu consegui foi ouvir o grito de dor do Jesse.
Felix viu que eu estava correndo até eles e saiu correndo, fazendo eu o perder de vista quando ele se adentrou na escuridão da noite.
Eu me ajoelhei ao lado de Jesse, que estava caído e com uma faca de mais ou menos uns 20 cm fincada um pouco abaixo de seu peito.
- Jesse! – eu peguei a sua cabeça e a coloquei no meu colo – Jesse. Jesse. Jesse! Está me ouvindo? Consegue falar?
Ele estava com os olhos semi-cerrados, com os cabelos suados na testa por causa do suor.
Ele tentou falar alguma coisa, mas o corpo dele começou a ficar pesado e todo solto e quando eu percebi, os olhos dele estavam fechados e a sua boca estava um pouco aberta.
Eu coloquei o meu ouvido no seu peito e consegui ouvir o coração dele batendo irregularmente.
- Suzannah! O que aconteceu aqui? – era Andy junto com o Soneca.
- Um médico! Ele precisa de um médico! – eu gritei, junto com as lágrimas que escorriam fervorosamente.
- Mas o que aconte... – começou Soneca.
- ELE PRECISA DE UM MÉDICO! – eu gritei mais alto ainda, agora entre soluços.
- Vou pegar o carro – disse Soneca.

5 comentários:

  1. Olá, Carol!

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    Conto com você lá!

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  2. Sério, vou pensar num nome pra fic ainda essa semana KKK

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  3. To adorando a fic Fer :D
    Bejos Cah'

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  4. Nossa, fiquei nervosa com esse capítulo! Tô contando os minutos pra ler um novo capítulo, preciso saber q o Jesse ficou bem!
    Muito bom mesmo.
    Bjs.

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  5. go go go name para a fic fer .. adorando muito e apostando que o paul vai fazer alguma porcaria heheh beijuss

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