9.11.11

Semana Infernal - parte 2. dia 10

MERRY MEET



(quem tiver medo dessa ft eu mato kk)

Brincadeira do Copo (dedicado a fer)

Junto com a Loira do Banheiro, essa é outra das mais famosas, até porque muitos dos que estão lendo isso agora já devem ter "brincado" de invocar espíritos com um copo alguma vez durante sua adolescência. A lenda em torno dela (fora a própria efetividade da brincadeira) é a de um grupo de amigos que resolveu fazer a famigerada brincadeira durante uma festa, um deles era descrente e só de sacanagem resolveu perguntar se alguém naquela mesa iria morrer recentemente, a resposta foi sim e logo em seguida o copo (em algumas versões ele é substituído por uma lapiseira) se estilhaça na frente de todos. Algum tempo depois, eles ficam sabendo que o rapaz cético que não "respeitou” o espírito havia morrido num acidente de carro.


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O livro dos Anciãos

(Michelle)

Já eram duas da madrugada. David estava sentado no sofá, olhando para o anel estranho em cima da mesa de centro quando ouviu um farfalhar no chão do andar de cima. “Mas que diabos... Eu estou sozinho.” ele pensou.
Levantou-se e subiu, em passo tartaruga, as escadas. No topo, olhou para o corredor e viu um facho de luz por baixo da porta de seu quarto. Abriu a porta lentamente e não acreditou no que seus olhos viam. Lana, a garota dos seus sonhos, sentada na sua cama. Maravilhosa, cabelos negros compridos e ondulados e os olhos mais verdes que ele conhecera.
David ficou ali parado, observando aquela beleza estonteante sem saber o que fazer. Ela olhou para ele, se levantou e disse:
- David, por que demorou tanto? Achei que nunca ia achar o anel.
Ele arregalou os olhos e soltou:
- Mas como você...
Ela o cortou.
- Não há tempo para explicar, temos que ir agora!
- Onde?
- Encontrar Peter. Só você pode detê-lo.
- Hã? Do que você está falando?
- Anda, vamos. - Ela o empurrou pra fora do quarto, agarrando sua mão e correndo escada abaixo. Aquela sensação fez David corar. Ele gostava dela há tantos anos, mas ela nunca sequer o notou daquela forma. Ele era lindo. Cabelos castanhos lisos com um caimento impecável, olhos cor de mel e um sorriso de arrasar corações. Isso sem falar do seu corpo atlético, bem definido pela musculação e pelo futebol. Mas para Lana, ele era apenas um amigo, o melhor amigo de todos. Eles entraram no chevy de Lana e ela acelerou a toda.
- Lana. – disse ele sem fôlego – O que está acontecendo?
- O anel. Você vai precisar dele. Deixe-me vê-lo.
- Não sei o que quer dizer. É só uma velharia da minha avó.
- Não, não é. Não temos muito tempo. Vou te explicar rapidamente. O anel tem o poder de deter os feitiços do Livro dos Anciãos. Peter roubou o livro e, acha que pode usá-lo para conseguir o que quiser. Mas ele não sabe que se não o usarmos para o bem algo muito ruim pode acontecer. Ele só quer fama, dinheiro e... – Ela hesitou.
- O que? O que mais ele quer? – David sentiu um frio percorrer sua espinha. Sabia que algo ruim estava por vir.
- David. – Ela sussurrou e olhou no fundo dos olhos dele. Aqueles olhos faziam David se perder. – Ele me quer. Ele quer me possuir. – David soltou uma gargalhada nervosa.
-Ah! Fala sério! Não acredito em nada disso e, além de tudo, ele já tem uma namorada, que é muito gata por sinal. E... – Lana lhe deu uma cotovelada.
- David me escuta. Sua avó era amiga da minha. Elas eram de uma irmandade. Uma irmandade que protege o livro e seus segredos. Os membros da irmandade se revezam para cuidar do livro. Mas, quando sua avó morreu, não tinham como pegar o anel. Mas, como vocês não conheciam o segredo do anel, ele ficou protegido. Não sabemos como, Peter descobriu o Livro e, quando um membro foi passá-lo a minha avó ele o roubou.
David olhava para ela com os olhos arregalados, sem saber o que dizer.
- Isso é uma pegadinha né?! Você ta zoando com a minha cara.
Lana corria pelas ruas da pequena cidade, fazendo os pneus do carro cantar. Ela parou bruscamente o carro. Pegou as mãos dele e implorou.
- David, você é o único que pode detê-lo. Você tem o anel.
- Ah não! – Protestou ele. – Tome, é seu. Eu não vou cair nessa.
-David, eu... não posso. Só um descendente legítimo pode usar o anel e... Eu não contei a você. – Ela parou, seus olhos ficaram marejados. Ela olhou triste pra ele. Ele se retorceu no assento. Aquela situação era desconfortável. Ele não sabia o que dizer.
- O que foi? Não compreendo. – Ela o abraçou e depois se afastou. – É por isso que você mal fala comigo a dois meses? Achei que tinha falado ou feito algo que tivesse te magoado. Como daquela vez que mostrei sua calcinha para todos os meninos da classe e você ficou uma semana sem falar comigo.
Ela olhou pra ele furiosa, mas logo depois caiu na gargalhada. Ele sempre encontrava um jeito de fazê-la se sentir melhor, sempre fazendo piada nos momentos que ela precisava.
- É. Não consegui digerir bem os fatos. Vovó me contou o que aconteceu. Que meus pais me adotaram depois que perderam a filha. Mas... Isso não importa agora. Ela apenas me falou que tinha de fazer você achar o anel para deter Peter.
-Mas... – Ele para subitamente – Eu não sei o que devo fazer! Você tem que me ensinar.
- Eu também não sei. Vovó não me explicou como funciona, apenas disse que você saberia usá-lo quando chegasse a hora. Agora devemos ir. – Ela voltou às mãos ao volante e estava prestes a acelerar quando David as pegou e a olhou com os olhos arregalados.
- Espere! O que quis dizer com Peter te possuir? – Agora foi ela quem se arrepiou.
-É como... Como vou dizer. Ele me quer como sua... Que minha alma pertença a ele. Que eu seja dele apenas.
Aquelas palavras ecoaram na cabeça dele até chegarem e congelarem seu coração. Ele gritou:
- Ah não! Eu não vou deixar aquele mané roubar a minha – ele engasgou – ah, melhor amiga.
Lana olhou para ele com esperança. Ela seguiu com o carro até chegar a uma pequena capela. David olhou para a entrada escura e disse:
- Tinha que ser numa igreja?
- Escute! Peter me chamou até aqui. Ele não sabe que você esta aqui. Eu entrarei pela porta da frente e você vai pela porta lateral. Não faça nada estúpido.
Eles saíram do carro e foram em direção a capela. Entreolharam-se e se separaram. ndo David estava se aproximando da porta quando sentiu seus joelhos cederem e tudo ficar preto. Enquanto isso Lana estava á frente do altar chamando por Peter. Ele apareceu minutos depois com uma cara endiabrada.
-Oh! Princesa Lana. Quanta honra. Pena que não pode manter nosso encontro em segredo. Tinha que trazer aquele idiota do David com você, né!
Ela arregalou os olhos e disse:
- Como sabe? O que você fez com ele? DAVID? – ela gritou, mas não obteve resposta. – NÃO!
- Ah! Que peninha! O eterno apaixonado não vai poder salvar sua princesa.
- Do que você está falando? DAVID? - ela gritava chamando por ele. Peter se aproximou dela e a segurou com força.
-Ah doce Lana. Não me diga que nunca notou que ele é apaixonado por você.
- O que?! Não... somos amigos, melhores amigos. O que fez com ele?
- Pobrezinha. Ele nunca se declarou né?! Pois agora não terá mais chance. Você será minha! Eternamente minha.
Ela olhava boquiaberta para a porta onde David deveria entrar. Um medo terrível percorreu seu corpo e ela congelou. Peter a agarrou e amarrou suas mãos. Ela olhou para os lados e percebeu que a capela estava preparada para um ritual. O altar estava cheio de velas e tinha um púbico com um livro aberto. “o Livro dos Anciãos” ela pensou. Peter a levou até o altar e a fez deitar na mesa fria e dura. Ele a cobriu com um lençol e amarrou seus pés. Ela gritou, mas ele também amarrou sua boca com um lenço.
- Shh. Fique quieta. Preciso me concentrar. – Foi para perto do livro e começou a pronunciar suas palavras. Ele falava devagar e, a enquanto o lia, despejava alguns ingredientes em um pequeno pote que fervia com água. Depois de alguns minutos ele sorriu.
- Pronto. Agora você deve beber a poção e pronunciarei as palavras finais.
Lana se remexia na mesa, mas de nada adiantou. Ele tirou o lenço da boca dela e levantou um pouco sua cabeça para dar a ela a poção. Ela cuspiu o líquido na cara dele. Ele xingou e bateu em seu rosto, a fazendoela gritar de dor.
- Burra! Beba logo. Não me faça perder mais tempo.
- Nunca serei sua! Você não entende. Nunca!
- Ah vai sim. Não tem ninguém aqui pra te ajudar. Beba! – Ele enfiou o copo na boca dela e tapou o nariz dela, a fazendo engasgar com o líquido, mas dessa vez ela o engoliu. Em poucos segundos ela amoleceu. – Agora, as palavras finais.
-NNAAAOOO! – Um grito irrompeu a capela e fez Peter pular. Ele viu David na entrada, com sangue escorrendo pela lateral do rosto.
- É tarde demais. Ela já tomou a poção. Ela é minha!
- NÃO! – David gritou de novo e correu até eles. Peter riu alto.
- Você falhou, príncipe encantado. Agora ela será minha para sempre.
David tinha lágrimas nos olhos. Ele se ajoelhou e começou a murmurar para si mesmo.
- Não, não pode ser. Eu falhei. Falhei com ela. E... ela nunca mais vai falar comigo. Oh Deus! Eu nem tive a chance de... de... dizer que a amo. – Ele estava tão absorto em sua tristeza que não percebeu que seu bolso emanava um brilho. Enquanto isso Peter pronunciava as palavras finais do feitiço. David olhou para ele e se lembrou do anel. Ele olhou para baixo e percebeu o brilho que emanava do anel. O tirou do bolso e colocou no dedo. Se pôs de pé e apontou o anel para Peter. Nada aconteceu. Peter o olhou com descrença gargalhou, falando como o diabo:
- Você acha mesmo que um anel ridículo irá me deter? O ritual está completo, ela agora é minha.
Lana começou a se mexer na mesa e olhou para ambos. Parou em Peter e disse:
- Querido, o que estamos fazendo aqui? Por que estou deitada nesta mesa fria?
David sentiu como se levasse um soco no estomago ao ouvir aquelas palavras. Seus olhos se debulhavam em lágrimas de dor. E encarou Lana e falou quase como um sussurro:
- Lana, não faça isso sozinho, é o feitiço.
- Do que ele está falando Peter?
- Nada querida. É hora de irmos embora. – Ela a desamarrou e a puxou para si. A segurou pela mão, pegou o livro e caminhou em direção á saída. David não se mexia, mas seu coração estraçalhado batia forte no peito. O que sentia por ela o paralisou mais uma vez. Quando Peter e Lana estavam na porta da capela David gritou:
- Espere! - Eles se viraram e David encarou aqueles olhos verdes, que o faziam se apaixonar todas as vezes que os olhava. – Lana, por favor!
- Ah cara! Dá um tempo vai. Você não sabe perder? – Peter debochou.
David sabia o que tinha de fazer agora. Seu coração havia encontrado coragem. Ele se focou em Lana e disse docemente:
- Lana, eu amo você. Por favor, não me abandone. Não me importo em ser apenas seu amigo, só não me abandone. - Aquelas palavras fizeram os olhos de Lana brilhar e, de repente, um jato de luz jorrou do anel e jogou Peter longe, que caiu no chão e ficou se retorcendo de dor. David se assustou com aquilo. Ele correu para Lana e ela para ele. Pararam subitamente a um passo de distancia um o outro, se olharam e se abraçaram. Um abraço em que sentiram cada parte do corpo um do outro, como se jamais houvesses se tocado antes. Um momento depois selaram um beijo intensamente apaixonado. Um beijo que pareceu durar uma eternidade. Um pouco sem fôlego, eles se separaram e David, com o seu sorriso matador sussurrou ao ouvido dela. – Finalmente!
Ela riu, o abraçou forte e falou baixinho também:
- Finalmente!



MERRY PART

6 comentários:

  1. Adorei a fic *---------* parabéns para a autora, muito boa :D

    Obrigada por dedicar o post pra mim Carol KK. Já fiz essa brincadeira muitas vezes, agora nem chego perto rs.

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  2. OMG ADOREI A FIC! OPw se tivesse um livro asism eu com certeza leria!!!

    Fik a dik

    ADOREI! *0*

    btw, não foram 2 páginas XD

    Quero mais!! *___*

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  3. Ha que linda essa fic...adorei, parabéns autora

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  4. Nossa, fico feliz que tenham gostado, e a primeira vez que escrevo alguma coisa. E, me desculpem, realmente ficou maior do que deveria. :!

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  5. gostei muito dessa fic .. em especial dessa pq achei realmente muito criativa .. concordo com a lyoko leria um livro dessa fic^^ quanto ao tabuleiro medo e curiosidade sinto ao velo ...... momento curiosidade....^^

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  6. A fic está muito legal. Fiquei animada com a história. Muito boa :D

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