12.1.12

Última Fic

Amores.. viajarei, volto na ooutra semana.. mas sempre que der dou uma passada aqui. Qlq coisa, comentem aqui ou no face que eu respondo. Boa semana.

Presente pra vcs.. uma fic maiooor que as outras, da assombrada Lyoko.


A garota do Capuz Vermelho

Era um belo dia de primavera, passarinhos cantando, flores sorrindo para o sol radiante, a floresta toda sorrindo um pro outro...
Ah vá se ferrar! Eu podia acordar com tanta coisa, tinha que ser logo com a Friday?! O que foi que fiz para merecer isso?
Não, sério mesmo, eu podia acordar com os passarinhos, com o sol, com a minha mãe, mas não! Tinha que ser com a Branca de Neve que fica cantando aqui do lado, pro guarda florestal por quem é gamada! Como ela se chama mesmo? Ah sim, a Cee Cee. Ela é toda apaixonada por um guarda florestal daqui... É... Adam! Isso! Ele se chama Adam, ela fica cantando para ele ver seus dotes, já que ela é tão branca que não tem melanina nenhuma para poder sair no sol. Iria virar cinzas...
Ou purpurina. Ta, parei.
Bem que seja, mudei de Tão Tão Distante para morar na floresta. Por que? Bem, minha mãe casou com um duende. É, eu sei, tenso. Mas não é um duende com você ta pensando, ela não é pequeno nem feio, só é chamado assim. Logo, com o casamento, eu ganhei 3 meio-irmãos. Como não lembro o nome deles, mas acho que são Dunga, Soneca e Mestre (que, sejamos sinceros, é o mais legal dos três).
Então, voltando ao assunto, aí vem a Cee Cee, começa a cantar e me acorda. Ah ninguém merece.
- Ei, ei, ei! – Para você ter idéia, ela cantava ta alto que não me ouvia. – Cale-se, Cale-se que se não você me deixa looouca! – Berrei da janela para a outra, sabendo que a Hilary Duff ouviria.
- Filha, não grite com os passarinhos! – Avisou minha mãe da cozinha.
Fail. Esqueci que só eu ouço ela, isso por que a janela dela é de frente com a minha. Respirei fundo e fitei a Branca de Neve.
- Certo, o que você quer?
- Bom dia pra você também Suze – Disse Cee Cee
- É... Desculpa. Só que não me acorda assim. – Disse para ela. Ela pode ter seus defeitos, mas não deixa de ser minha amiga.
- O que quer que eu cante da próxima vez?
- Não sei, que tal The Runaways?
- Só se for a Bad Reputation pra você. – Eu revirei os olhos e ela riu.
- Vê se fala logo com o Adam. – Aconselhei.
- Não tenho informações suficientes para isso... Não sei o que dizer, o que perguntar!
Eu levantei uma sombracelha, ela tava de brincadeira? Ela tinha Web como sobrenome! Ela sabia de tudo o que acontecia na floresta!
- Não sou o tio Google pra te ajudar agora, sinto muito. – Eu ri e acenei um tchauzinho.
Eu me arrumei e fui pra cozinha.
- Suzinha! – Disse minha mãe feliz me dando um abraço. Que fique claro, só e somente, minha mãe me chama assim.
- Oi, mãe.
Eu sentei e tomei meu café normalmente. Só depois meus irmãos apareceram. Minha mãe colocou um cesto na minha frente.
- Suzinha, quero que leve esses doces para o Padre D. - Eu fitei aquele cesto enorme. Cabiam bebês trigêmeos ali de tão grande! Com os olhos arregalados respondi.
- Mãe, você comeu algum cogumelo estragado?! – Eu disse espantada – Isso vai matar o Padre! Ele não é tão novinho assim, isso vai causar uma diabete nele. – expliquei.
- Nossa, verdade! – Ela caiu em si - O que faço com isso então?
Logo o Dunga achou uma solução. Foi tudo pro estômago dele. Sério, o jeito como ele devorou o que tinha na cesta me fez pensar seriamente em mudar o nome dele para PacMan.
Comidas a parte, minha mãe decidiu que eu levaria frutas para ele. Irônico morarmos na floresta e ela quer que eu leve frutas. Tipo, ele não pode simplesmente sair e pegar uma em uma das mil árvores aqui?
A pior parte foi mesmo quando ela tentou que tentou me fazer usar uma capa vermelha. Pra quê? Sair voando por aí? Não, muito obrigada. Já sou uma aberração por natureza. Mas ela queria, que queria que eu usasse algo vermelho...
Talvez para poder anunciar no noticiário caso sumisse... Algo do tipo “Procura-se uma garota usando uma capa bizarra da cor vermelha”, mas seria mais provável que fosse o seguinte: “Procura-se uma garota de capa vermelha, que conseguiu se perder na floresta no meio das trilhas!”, ou então “Atenção, tem uma louca de capa vermelha se achando o Superman por aí, se alguém acha-la, avise o manicômio imediatamente!”.
Não vou fazer visitas hoje. No manicômio quero dizer.
Peguei uma blusa vermelha com capuz e coloquei. Bem, era muito melhor que uma capa vermelha, o que eu ia fazer com uma capa? Sair voando estilo Superman?! Bem que eu queria, não deve ser ruim. Afinal iria economizar, nos saltos quero dizer.
Aí ela deu a capa pro Mestre. Até que ficou fofo nele. Não que ele fosse usar, mas gostou do presente.
Com um ânimo desgraçado de ser obrigada a andar usando uma blusa vermelha de capuz, jeans com um sapato do Jimmy Shoo (que foi o que salvou essa combinação). Eu peguei a cesta e fui pro Padre. Eu toda alegrinha cantando...
- Vou casar com a noite, Não vou desistir da minha vida, Sou uma rainha guerreira, Que vive apaixonadamente esta noite...
É, eu sei que a música é bizarra, mas é Lady Gaga! O que você queria? Estava fazendo o impossível para não cantar Friday, ela ficou na minha cabeça desde que saí de Tão Tão Distante. Parece que o Shrek estava proibindo a música por que nem ele aguentava mais. Não que fosse adiantar algo, os filhos do Burro já tinham destruído os altos falantes da cidade (na verdade foi numa brincadeira de pique-esconde, detonou metade do reino).
Então eu passei pelo lenhador.
Deus, te agradeço todos os dias por ter um lenhador desses nessa floresta! Embora ele seja meio velho para mim. Bem, olhar não é pecado.
Estava usando uma camisa branca um pouco aberta, dava para ver parte do peito dele daqui! Ai. Meu. Deus! Ele era um Deus grego! Os cabelos negros encaracolados estavam grudados na testa suada e a pele era tingida pelo sol com um bronzeado perfeito.
Faz um tempo que eu conheço ele, mas as coisas entre nós não passam de amizade, para minha infelicidade. Jesse era o tipo de homem que você segura e não quer soltar nunca mais. E não seja burra de soltar se conseguir pega-lo. Nem que seja no Pega-pega!
Ele tirou um lenço do bolso e enxugou o suor. Ah... Como eu queria ser esse lenço! Ah... Droga, ele reparou que estou secando ele (bem que eu queria estar fazendo isso mesmo). Meu fail: Eu não havia parado de andar, daí eu bati com a cara na madeira e caí de bunda na terra.
- Perdida, hermosa? – Odeio quando me chama assim, não sei o que significa, e naquela voz sedutora me fazia derreter. Na verdade acho que não é a palavra que odeio é o fato de que deve ficar aparente como mexe comigo, já que ele ri em seguida.
- O que parece?
- Que você está levando frutas. – Ele apontou para o cesto.
Eu fiz cara feia e ele riu. Estendeu a mão e me ajudou a levantar.
- Para onde vai?
- Para a capela Junipero Serra. Tenho que levar essas frutas pro Padre D. – Levantei o cesto mostrando as frutas. – Daqui, como vou para lá? – Perguntei.
- Sei lá. – Ele deu de ombros - Olhe no mapa.
- Mapa? – Indaguei.
- Sim, esse na sua frente. – Ele apontou.
Eu olhei para frente e vi uma placa enorme, onde estava demarcado minha localização. Legal, acabo de pagar o maior mico batendo de cara no mapa. Por que raios tinha que ser de madeira e não de néon?
- Ah... – Gemi com o mico.
Olhei para o Mapa. Tinha um caminho enorme onde eu daria a maior volta pela floresta, e o outro era um atalho.
Ah, era óbvio que eu ia pelo maior caminho! Sabe como é, gastar meus pés lindos. Sim, eu faço isso no dia em que o Dunga ficar inteligente.
Certo, então o atalho era algo bem simples, era só eu passar em frente à casa da Rapunzel, e subir a montanha e chegava. Ok, vamos sublinhar Montanha, por ser uma palavra medonha. Para quem está de saltos, quero dizer.
- Ah, já sei como vou. – Eu segui, o atalho era só um pouco à frente.
- Não vá pelo atalho, é perigoso.
Perigoso? Eu como perigo de café-da-manhã, querido. E quando digo isso não estou mentindo, é uma luta por sobrevivência as refeições, já que meus meio-irmãos comem quase tudo o que ta na frente como se estivessem para morrer. É realmente perigoso entrar naquele campo chamado mesa para pegar algo, ok?
- Certo. – Respondi.
- Cuidado com o lobo! – Ele gritou ao longe.
Ah claro, vou morrer de medo do lobo mau. Sério, com tanta coisa mais perigosa, vou ter medo de um lobinho metido à besta? Claro que não. Enquanto caminhava, só ficava com a palavra lobo na cabeça, isso meio que me obrigou a cantar uma música bizarra.
- Tem uma loba no armário, Abra-o e liberte-a!
Eu ia cantar o resto, mas não tive coragem de fazer o uivo da Shakira, então fiquei quieta. Mas não foi necessário, porque ao meu lado, pude ouvir o uivo de um lobo. Bem lentamente eu virei o rosto para o lado, ele estava mais para um lobisomem do Crepúsculo do que para lobo. Era bonito, tinha cabelos louros e olhos azuis, usava uma pólo e jeans. Eu conhecia esse lobo maldito.
Sério, com tantos lobos por aí por que logo o Paul?!
- Olá. – Ele fez uma voz sedutora. Não tinha nem como competir com Jesse, coitado!
- Oi.
- Como vai Suze?
- Melhor se você não tivesse aqui. – Apressei o passo.
- Ah, vai dizer que não está feliz em me ver?
- Me poupe, Paul!
Eu nem vi ele vindo, só sei que quando dei em mim ele estava falando no meu ouvido, tão perto que parecia mordiscar minha orelha. Isso é, se ele não estiver mordiscando mesmo.
- Admite que você me quer. – Ele me abraçou – Isso não é bom?
Tentei me soltar dos braços dele, mas ele era mais forte que eu.
- Me larga. – Ordenei.
- Qual é, Suze! O Jesse não está nem aí pra você! E eu aqui, cheio de amor e carinho para te dar. – Cochichou no meu ouvido, o que me deu arrepios.
- Eu sei muito bem o que você quer me dar. Agora larga.
Ele não largou, então dei uma de Miss Simpatia. BNPV. Cotovelada na barriga, soco no nariz, pisa no pé e golpe na virilha. O Paul caiu gemendo e sai correndo. O mais rápido que alguém com saltos do Jimmy Shoo pode correr, quero dizer.
Sério o que me deu para sair na floresta de saltos?! Isso foi muita burrice, da minha parte quero dizer.
Só quando tive certeza que ele estava longe eu tirei os saltos. Eu queria gritar de dor, mas ninguém ia ouvir. Não ousei olhar meus pés, sabia que ia me arrepender.
Ouvi o som de um riacho, e fui até lá. Coloquei meus pés na água, sentada na beirada. Ardeu. Muito. Mas melhorou a dor depois, foi um alívio.
- Dios. O que você fez com seus pés? Andou na brasa?! – Disse uma voz familiar, eu dei um salto. Bem, não literalmente.
- Jesse! O que faz aqui? – indaguei.
- Aqui é o meu acampamento. – Disse ele.
Olhei ao redor, o trailer dele estava li mesmo, logo à frente um tronco e algumas lenhas ao lado. Fiquei abismada com aquilo, e sem falar de irritada.
- Eu fiz o caminho errado?! – Comecei indignada - Dei uma volta?! – Eu praticamente gritei, minha voz saiu esganiçada de tamanha irritação. Matei meus pés por nada.
- Eu tenho algo que vai ajudar.
Jesse foi no trailer e voltou com uma caixa de primeiros-socorros.
- Me mostre seus pés. – Disse ele.
- Você vai se arrepender. – avisei. – Nem eu tive coragem de olhar.
- Suzannah... – Advertiu. Se eu não mostrasse, ele iria me amarrar numa árvore e tratar.
Não que eu achasse a parte de ser amarrada numa árvore por ele fosse ruim.
Ah, meu Deus, estou ficando uma SM de tanto ouvir a música. Não, acho que é por culpa do Paul mesmo, ele tem tentado esse tipo de coisa mesmo.
Acredita que uma vez ele tentou fazer aquilo comigo no meio da floresta?! Sério! A minha sorte é que Kelly Rapunzel Prescott (que é gamada nele), seguiu a gente na trilha, na esperança de conseguir algo quando eu estivesse longe, daí ela tropeçou quando fugia depois que percebeu onde as coisas estavam indo.
Que Jesse nunca fique sabendo disso. Ele mata o Paul se souber. E literalmente, já que o Paul é um ‘lobo’ e o Jesse é um caçador... Sem falar que já chegou bem perto de matar o Paul uma vez... Tudo por que ele fez uma piadinha de mal gosto.
Levantei os pés. Ele não falou nada, apenas suspirou e começou a colocar os curativos. O que me fez bem, por que eu estava pronta para uma grande bronca, mas ele só fez os curativos.
- Não faça isso de novo, hermosa. – Disse ele acariciando o pé cheio de curativos.
- Não foi por querer. – Eu disse me sentindo culpada.
- Eu sei. Mas quando você faz isso, só me preocupa.
- Jesse – Eu revirei os olhos – eu sou bem grandinha. Sei me cuidar.
- Isso que me preocupa. Você se achar tão independente. – Ele fitou meu rosto.
Senti minhas bochechas queimarem com o olhar dele sobre o meu, mas consegui me controlar de pular e dar um beijo nele. Se bem que, com o estado dos meus pés, pular está longe de ser algo possível.
- Bem, - Disse olhando para o riacho – Eu sou assim.
Ele sorriu para mim.
- Eu sei, hermosa.
Quase fui junto com o rio de tão derretida que fiquei. Eu não faço idéia do que significa... Mas adoro.
- Ta feito.
- O que?
- Os curativos. – Disse ele. – Já terminei.
- Ah... Obrigada. – Eu disse tentando me levantar, mas ele me conteve.
- Ei, ei... Calma, hermosa. Não está em condições de andar ainda. Tome isso e descanse um pouco.
Ele me entregou algumas pílulas. Eu as peguei e ele me estendeu uma garrafa d’água, tomei num gole.
- Certo, obrigada... é... Quanto te devo? – Perguntei.
- Deve?
- Bem, tenho que te recompensar com algo... – Expliquei.
Ele sorriu
– Um beijo seria bom.
Eu corei. Não, essa não é a palavra certa, eu fiquei vermelha demais, nem um tomate, nem um morango, nem uma cereja, nem sangue, enfim nada chegava perto da cor que eu fiquei. Vermelha, quero dizer. Eu comecei a gaguejar tentando responder.
- Q-q-q-q-q-q-q-q-q-q-q-q-q... QUÊ?!
Beleza. A oportunidade perfeita, e isso foi tudo o que consegui dizer.
Podem pegar as pedras meninas, eu mereço!
- Calma... – Ele riu – é brincadeira Suzannah.
Eu dei um suspiro. É, eu sei, foi péssimo. Bem, podia ser pior... não?
Melhor calar a boca. Olha só quem me aparece... O lobo.
- Ora... Você está pegando o jeito Jesse, ela está tão vermelha... Por acaso fez o mesmo que eu?
Lobo maldito.
- Do que está falando? – Indagou Jesse, já irritado.
- Paul, cala a boca e dá o fora. – Ordenei.
- Ela não te contou? Esses dias tivemos um encontro romântico na floresta.
- Romântico?! Você tentou abusar de mim no meio da floresta! – Disse indignada.
- O QUÊ?! – Jesse praticamente gritou.
Eu e minha língua grande. Por que ela não fica dentro da boca? Pude sentir a fúria que ele entrou. Oh céus. Parabéns Suzannah, é hoje que o Jesse te mata. Se ele não matar você, bem o Paul já era. Isso não seria algo tão ruim...
Não, nem brinca com algo assim, Suzannah.
Eu só percebi que Jesse realmente iria mata-lo quando o vi ficando roxo (o Paul, quero dizer), aí eu entrei no meio e puxei o Jesse. Eu não era tão forte, mas acho que ele ficou com medo que eu me machucasse.
- Jesse! Para! Vai mata-lo!
- Ele merece!
- Jesse! – Gritei. – Talvez ele mereça uma punição, mas você não deve sujar as suas mãos por ele.
Ele pareceu ouvir, então ele largou o Paul, mas não antes de dar um soco no nariz dele.
- Jesse! – Repreendi.
- Pelo menos isso... – Ele falou num tom meio que dizendo que iria parar.
- Que droga! – Pigarreou Paul. – Isso não via ficar assim.
Daí ele entrou na floresta, com o rabinho entre as pernas. Literalmente.
- O que deu em você?
- Eu que pergunto! Por que não em contou?! – Disse irritado.
- Por que eu sabia que isso iria acontecer! – Expliquei. – Poxa, é só ouvir o nome dele e você vira outro! Eu não gosto desse outro você por que realmente te.... – Quase terminei a famosa frase “Te amo”, mas consegui me conter, para eu disfarçar a puxei o ar e soltei o resto num suspiro – considero um verdadeiro amigo. O meu melhor amigo. E detesto quando você deixa de ser o Jesse para virar o Caçador...
- Lenhador. – Corrigiu ele.
- Tanto faz!
- Na verdade não. – Ele tirou um papel no bolso – Aqui no roteiro, diz claramente lenhador, você viu? – ele me apontou a palavra.
- Jesse, você fica andando com o roteiro por aí!?
- Claro, o caso alguém esqueça as falas.
- Mas não é certo! Você nem devia tira-lo assim no meio da história!!!
- mas você errou!
- Mas...
Autora: Vocês dois! – Gritou. – Voltem à cena!
- Ah, certo... Onde estava?
- Deixa eu ver... – Ele olhou o roteiro. – “te considero um verdadeiro amigo. O meu melhor amigo. E detesto quando você deixa de ser o Jesse para virar o Lenhador...”
Autora: Jesse, para de ler o roteiro no meio da cena!
- Mas foi para ajudar a Suzannah! – Justificou ele.
Autora: Ta, agora pare de falar comigo e voltem à cena!
- Certo – Eu disse. Então comecei a repetir a cena -... Detesto quando você deixa de ser o Jesse para virar o Lenhador... - Eu me exaltei de novo. – Só não quero ver sangue derramado por minha causa. Muito menos se for você pra derramar.
- Suzannah...
Então, ele se aproximou de mim e fez algo que nunca conseguiria pensar que ele faria... Ele tocou o meu rosto e enxugou uma lágrima com o polegar. É, foi só isso. Mas para mim era algo muito importante. Ele abaixou a mão e sorriu para mim.
- Não precisa chorar, hermosa.
- Não vou. – Disse ainda avoada.
- Acho que é melhor você levar as frutas... Vai escurecer logo.
- é, claro. – Eu disse ainda desnorteada.
Peguei a cesta e dei uma ultima olhada para o que deixava.
- é... Até mais, Jesse.
- Até mais, hermosa.

Peguei o maior caminho. Por que? Porque a autora mandou...
Autora: Já falei para parar de falar comigo no meio da história, não?
Mas, você me fez pegar o maior caminho! - Resmunguei
Autora: Você queria encontrar o Paul no atalho de novo?
Ele só estaria lá, se o colocasse lá de novo!
Autora: Olha que faço ele aparecer na sua frente...
Não! Tudo bem! Eu já to chegando mesmo!
Minha única tristeza é que perdi um dos meus Jimmy Shoo. Não que fosse usar de novo, mas custou o olho da cara, queria ter de lembrança pelo menos... Alguém iria pagar caro, e esse alguém só tinha a sorte de eu não estar na TPM!
Então, daqui posso ver a capela. Aleluias Senhor! ... Eu ri da ironia de estar dizendo aquilo por que encontrei a capela. Eu bati duas vezes, ninguém respondeu então eu abri um pouco a porta e olhei lá dentro.
- Padre D.?
- Oh! Suzannah! – Ouvi a voz de trás do altar, então entrei. – O que faz aqui?
- Ah, minha mãe, pediu para eu trazer essas frutas para você...
- Frutas? Mas é só eu sair aqui fora e pegar!
- É, vai entender, a minha mãe e a autora são doidas!
Autora, calma, não vou mais falar de você.
- Isso deve ser...
Achei estranho a voz do Padre e muito mais a informalidade que ele estava usando.
- Padre, o que aconteceu com a sua voz?
- Ah, é só um resfriado.
- E... Por que está com esse manto? – Perguntei quando estava chegando perto.
- É para me proteger das criaturas das trevas.
Sério, mesmo? Acho que ele está ficando velho...
- Pra quê está se escondendo?
- Para você não se assustar.
- Me assustar? Com o que?
- Comigo...
- E por que você iria me assustar?
- Por que eu sou mau.
- Você é mau?
- Sim!
Então ele pulou em cima de mim e deixei a cesta cair. Se eu fosse um daqueles desenhos japoneses teria uma bela e grande gota na minha cabeça, tamanha foi minha estupidez. Ele ficou sentado em cima de mim e segurando meus pulsos contra o chão.
- Eu sou o lobo mau! – Completou Paul sorrindo.
Sério, a autora deve realmente me odiar para em dar esse fim.
Autora: Na verdade não, Suze. Até te acho bem legal, só faça seu papel e confie em mim.
Suspirei. Sério mesmo? Então ta...
- Paul, quer fazer o favor de sair de cima de mim?
- Ah, Suze... Você conhece aquela frase? “SE não vai por amor, vai pela dor”?
- óbvio que sim. – Disse seca – O que você pretende? Me obrigar a te amar?
- Não. Não sei bem, na verdade. Mas você vai ser meu brinquedinho hoje.
- Ta vendo? É por isso que eu e você nunca daríamos certo! Você olha pra mim e pensa “brinquedo”, eu olho pra você e penso “Idiota”.
Ele riu, não era a intenção. Então ele se abaixou e começou a cochichar no meu ouvido.
- Que tal fazermos um joguinho?
Eu não respondi.
- Ah, você não está curiosa?
Ah... Não, na verdade não. Na verdade eu queria que você me soltasse para eu chegar em casa e dizer “Mãe! Você não sabe o que aconteceu! Nunca mais me peça para levar frutas para alguém, vá de carro!”.
Ei, pensando nisso, por que foi que ela não trouxe? Ela tem carro!
- Se vai ficar em dando gelo – Disse Paul – Então vou esquentar um pouco as coisas.
Ele se levantou, mas apenas o suficiente para poder alcançar meus lábios. Bem, eu tentei ficar com eles fechados, mas sabe os hormônios? Então, os malditos me traíram e abriram meus lábios. Cara, espero que alguém interrompa a cena e que não seja o...
- É hoje que você morre!!! – Gritou ele entrando na capela.
... O Jesse...
Paul, espero que você tenha testamento... Depois disso, você vai precisar.
Ele desgrudou de mim. Eu rolei pro lado e Jesse o jogou para o outro lado. Sério, p Paul saiu voando. Mas foi bom ver... Os músculos do Jesse trabalhando, quero dizer.
- Como você ousa tocar numa dama assim?
Dama? Sério mesmo, Jesse? Não que eu ache ruim, mas seria melhor se colocasse nos dias atuais...
- Olha, você não está nem aí para ela, e eu estou disponível. Por que não nos deixa em paz? – Disse Paul enxugando a linha de sangue que ficou no rosto.
- Você não sabe de nada! – Daí o Jesse partiu pra cima de novo.
O que dizer? O Paul era gato e forte, mas ele não chegava nem perto do Jesse. Ele sentou em cima do Paul do mesmo jeito que ele havia me prendido (o Paul, quero dizer), e começou a dar socos na cara do Paul. O Nariz dele com certeza estava quebrado.
- Jesse... – Eu disse meio que tentando achar o que devia fazer. – Jesse! – Chamei.
- Quem foi que disse que não estou nem aí para ela?!
Para tudo! É o que?!
- Eu posso ver! A floresta toda pode! Ela está totalmente apaixonada e você não liga! – Exclamou ele segurando a mão dele, mas daí ele acertou um soco com a outra.
Paul, você acaba de contar para o Jesse que eu gosto dele no meu lugar?! Meu plano vai ser te salvar do Jesse para que eu possa te matar!
- E o que essa floresta sabe? Sabe dos meus pensamentos? Sabe minha história? Meus sentimentos? Meus sonhos? Vocês não sabem de anda! Então não tentem entender!
- Você é quem não entende! Sabe como é frustrante gostar de uma pessoa e ela não demonstrar um sinal de carinho se quer? Pelo contrário! Ela parece evitar!
O papo tava bom e profundo, mas se eu não intervisse Jesse iria mata-lo.
- Jesse! Para!
- Não! Dessa vez em deixe fazer isso Suzannah! Ele merece!
Eu tentava segura-lo pelos ombros, mas ele escapava sempre que dava um soco na cara do Paul, que já estava bem estragada a essa altura.
- Jesse! Por favor! Chega! – Pedi – Não suje suas mãos por causa dele!
- Não é por ele! Mas pelo o que ele queria fazer com você!
- Então não faça isso por mim! Não quero alguém morto por mim! Ele pode ter seus defeitos... Mas ainda é humano, eu acho, errar é parte de nós!
Ele não estava me ouvindo, cai de joelhos frustrada por não estar conseguindo para-lo.
- De hoje você não passa...! – Exclamou ele ainda furioso.
- Não! – Gritei com uma voz esganiçada. – Chega! Por favor! – Implorei. Então abaixei o rosto e deixei as lágrimas rolarem.
Ouvi um baque. Ele havia soltado Paul. Então ele se levantou e caminhou. Só soube que ele estava vindo na minha direção quando ele se abaixou junto a mim, levantei um pouco o rosto e ele me abraçou.
Ele era quente, confortável, o abraço estava fazendo me acalmar, mas não antes de me fazer chorar ainda mais. Sabe, deixar sair tudo o que precisa ir. Eu abracei e apertei a camisa dele com força, podia ouvir claramente enquanto ele pedia desculpas de todas as formas que ele podia pensar no meu ouvido.

Demorou um pouco para me acalmar. Quando estava me sentindo um pouco melhor, o Padre D. apareceu. Estava na cidade comprando algumas frutas. Frutas! O que esse povo tem na cabeça?! É só sair e pagar algumas! Moramos na floresta, quero dizer! Quando ele viu as frutas, achou que sua viajem tinha sido um desperdiço, e tinha mesmo, com ou sem minhas frutas.
Quando viu a zona, Jesse explicou o ocorrido, Padre D. prometeu que iria tentar argumentar com Paul outra vez.
Não queria discutir com o Padre D. outra vez tentando mostrar que aquilo era inútil. Estava cansada de tentar fazer algo pelo Paul.
Jesse me guiou e me conduzia pelo caminho, estava melhor, mas ainda um pouco abalada.
- Me desculpe, Suzannah. – Ele repetiu mais uma vez.
- Tudo Bem, Jesse...
- Não, não está... – Ele me fez sentar numa pedra. – Olha o que eu fiz com você...
- Jesse, você estava fora de si, eu entendo e...
- Não é só isso... O que o Paul falou...
- Ah.. – Eu corei – Ignore ele, ele só falava da boca para fora...
Então o Jesse me fitou com um aquele olhar que nunca sei o que quer dizer.
- Mas eu não. Eu realmente me importo com você, e uma coisa que ele disse é verdade... É frustrante gostar de uma pessoa e ela não demonstrar um sinal de carinho se quer... – Ele se aproximou e ficou de joelhos à minha frente e pegou minhas mãos.
Eu estava com medo do que vinha depois, então tentei mudar de assunto.
- Anh... Por que você foi lá na capela?
- ah...
Então ele pegou um sapato que estava preso no cinto dele. O meu Jimmy Shoo perdido.
- Você achou! – Exclamei.
- Você o esqueceu perto do rio. – Ele sorriu. – Posso fazer uma coisa?
- O que?
Então ele pegou meu pé e colocou o Jimmy Shoo delicadamente, com cuidado para não machucar meu pé. Devo dizer que me sentia maravilhosa, talvez mais especial que a princesa Mia ou então a Cinderela mesmo... Um cara muito mais gato que o Príncipe encantado das duas juntas estava colocando o sapato no meu pé machucado.
É, parece algo bem bizarro. Afinal, era quase como se eu fosse a Cinderela só que de Chapeuzinho Vermelho e quem colocava o sapato no meu pé não era um príncipe, mas um lenhador, mas isso realmente importava, ele era um gato afinal.
Quando colocou, ele sorriu para mim e de novo aquele olhar que não sei o que significa.
- O que foi que eu te mostrei de carinho até hoje? – Ele me perguntou.
- Bem, hoje mesmo você colocou curativo nos meus pés horrorosos.
- Não fala isso, seus pés são lindos.
É, são mesmo, mas não estavam lindos de morrer quando você os viu.
- Acho que não te dei sinais o suficiente. – Ele disse.
Não entendia, mas deixei que continuasse.
- O que foi que o príncipe encantado fez quando achou a Cinderella?
- Pediu ela em casamento? – Indaguei, aflita para onde a conversa estava indo.
- Também – Disse ele. – Mas antes...
- Hum... A abraçou e rodopiou no ar?
- Também. – Disse impaciente. – O que mais?
- Foram para o reino?
- Você está pulando a parte que eu quero chegar de propósito ou realmente esqueceu? – Disse quase irritado.
Fiquei muda. Não sabia ao certo.
- Acho que um pouco dos dois. – Disse afinal. Ele sorriu.
- Ele deu um beijo de amor nela. – Então ele segurou meu rosto com as mãos e se aproximou. – Que esse seja o ultimo sinal que eu precise te dar.
Então ele me beijou. De modo delicado, carinhoso, mas repleto de sentimento, havia amor, paixão ali. Jesse também gostava de mim, não como amiga, mas como... Namorada? Seria isso que ele quis dizer com ultimo sinal? Ele queria mostrar o quanto gostava de mim?
Quando percebi ele se afastava de mim e tentávamos pegar ar. Eu estava agarrando a camisa dele, e querida, não conseguia soltar. Então ele me puxou, me rodopiou no ar e me pôs no chão, quase cai por estar usando só um dos saltos, mas ele me puxou para mais perto do seu peito e me deu apoio.
Nossa assim você me mata... (Ai se eu te pego, ai, ai, se eu te pego...) eu conseguia sentir o peito bem definido dele. Sério, se eu fosse um pouco mais forte, iria rasgar a camisa dele.
- Então... O que vem agora? – Perguntei sem graça.
- O que você quer fazer?
- Além de... – Quase falei “ir pra um lugar, só eu e você” – ficar aqui com você?
- Bem, eu estava pensando isso foi sinal que você precisava?
- Você me... – não consegui terminar a frase. Ele riu.
- Eu te quero. Como namorada. Poderíamos noivar agora, mas acho bom conhecer seus pais, ir passo-a-passo.
- O que meus pais tem que achar de ruim se eu noivar?!
- Hermosa... Vamos devagar, ok? – Ele sorriu e me deu um beijo rápido nos lábios.
- Então sou sua namorada? – indaguei.
- Sim. Mas pode ter certeza que um dia vou amar outra.
- Como assim?! – Me exaltei.
- Ora, você não quer que eu ame nossa filha?
Eu sorri, feliz.
- Você já pensou nisso?
- Suzannah, já pensei nos nomes dos nossos filhos, já inventei histórias de ninar para eles e pensei em como contar a nossa, já senti amor por eles sendo que ainda nem estão aqui. Sonhei com o dia do nosso casamento, com o rosto dos nossos filhos, em que nós seriamos uma família...
- Jesse. – Eu sorri, terrivelmente alegre. – Achei que fosse a única que tivesse feito isso!
- Não mesmo. – Ele riu e me deu mais um beijinho.
- Não tem mesmo como fazermos o casamento hoje? – Fiz beicinho.
- Acho que não – Ele riu. – Ainda não estamos noivos.
- Bem... Eu sei que você ainda não me perguntou isso... Mas sim, eu aceito.
Ele me deu mais um beijo de leve, então eu passei meus braços em volta de seu pescoço e continuei o beijo.
Quando nos separamos, ele me pegou no colo no estilo noiva, como se fosse um travesseiro de plumas.
- Jesse, ainda nem casamos, não estamos em lua-de-mel – Eu ri. – Me Poe no chão.
- Não. Por dois motivos. Primeiro, você já aceitou ser minha futura-esposa mesmo ainda sendo namorada, então posso considerar daqui em diante apenas uma contagem regressiva para o casamento. E segundo, você acha mesmo que vou deixar você andar descalça por aí?
- Bem, agora eu tenho meus sapatos...
- Piorou! Acha mesmo que vou deixar você andar naquilo? Depois do que fez com seus lindos pés? Nem pensar!
Eu ri de novo enquanto ele me carregava de volta para casa. Durante todo o caminho discutíamos detalhes do futuro juntos, noivado, festa, casamento, casa, família, até a educação dos nossos filhos! O mais engraçado foi ver que ele estava animado e não com medo como a maioria deles tem... Deve ser por isso que o Jesse é o dono do coração de todas nós. Bem, azar seu que o coração dele já tem dona!
Quando chegamos em casa, ele me colocou no sofá e tive uma grande surpresa.
Meu tio Google estava ali na mesa para jantar conosco.

===========================================================FIM
Comentários da autora:
Jesus amado. Uma história que era para ser no máximo 5 páginas viraram 11 O.O’’’’
Sério, nem eu imaginava que ficaria tão grande! Muito menos que seria assim! Mas fazer o que, tudo o escrevo acontece isso!
Espero que tenham gostado. Nem eu sei de onde tirei tanta coisa... e faz tanto tempo que li Chapeuzinho Vermelho, nem sei como foi que consegui fazer essa... ‘nova versão’.
Essa Fic é One-Shot, para desespero das fãs que queriam ver o casamento da chapeuzinho com o lenhador, digo, da Suze e do Jesse. Tenho mais (muito mais) o que fazer, tipo: meus livros, The Angel, meus vídeos, Minha série de fanfic, minhas composições, meus animes/mangás, minhas músicas (btw, estou procurando pessoas que toquem algum instrumento, candidatas?)...
Bem, é isso, se quiserem me achar, é só procurar “ACLyoko” ou “A. C. Lyoko” no Tio Google que tu me acha ;D (Btw, pra quem não entendeu a ultima piada, releia o final da conversa que ela teve com Cee Cee no início.)
Quero comentários, se não nunca mais posto fanfic hein! Hehe >D
Beijos e Abraços,
~-ACLyoko

2 comentários:

  1. ótima linda a fic flor ;) Bjs

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  2. obrigada xD

    lotei o blog com ela ^^"
    Eu ia flar pra Belmonte dividir ela em partes, mas qnd cheguei era tarde demais xDD

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